Não é a primeira vez que Eduardo Souto de Moura deposita peças do seu arquivo profissional na Casa da Arquitectura. Mas o gesto que o arquitecto portuense repetiu esta segunda-feira, já na nova sede da instituição de Matosinhos, significa o reconhecimento de que vê nesta casa o lugar certo para o seu acervo, um lugar capaz de preservá-lo, tratá-lo e colocá-lo ao serviço do público interessado pelas questões desta disciplina.

“Hoje podia ser um dia triste para mim, mas não é: é antes a satisfação de ver reconhecido o meu trabalho”, disse o arquitecto Prémio Pritzker 2011 na sessão formal de assinatura do contrato de depósito do seu acervo na instituição que em Outubro de 2017 foi inaugurada na antiga fábrica da Real Vinícola.

Numa cerimónia muito concorrida, e à qual compareceu também a ministra da Cultura, Graça Fonseca – que à porta foi recebida por mais uma ruidosa manifestação dos “Lesados do BES”, com buzinas e palavras de ordem –, o director executivo da Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio, começou por historiar o “longo processo de trabalho e de confiança mútua” que desde 2009 ligou Souto de Moura ao projecto lançado pela Câmara Municipal de Matosinhos.

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